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| O Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA) |
O Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA) tem sua origem no Quartel de Marinheiros (QM), que foi criado pelo Decreto nº 49 do Governo Imperial, de 22 de outubro de 1836. Recebeu, ao longo de seus anos de existência, diversas denominações, desde "Quartel das Companhias Fixas de Marinheiros", do "Corpo de Marinheiros Imperiais" e do "Corpo de Marinheiros Nacionais" a "Quartel Central de Marinheiros". Teve várias sedes: Fragata Imperatriz", Fragata "Campista", Fragata "Príncipe Imperial", Corveta "Liberal", Ilha de Villegagnon e Ilha das Cobras. Funcionou, ainda, a bordo do Encouraçado "Floriano", Cruzador "Barroso", Tender "Ceará" e, novamente, na Ilha das Cobras. Em 1º de fevereiro de 1958, o QM foi instalado na atual sede do Rio de Janeiro. Em 19 de outubro de 1987, o Decreto nº 95.057 atribuiu ao Quartel de Marinheiros nova missão, integrando-o ao Sistema de Ensino Naval e determinando que incorporasse o Centro de Instrução Almirante Cunha Moreira (CIACM), cujas instalações localizavam-se em terreno atrás do QM.
O Decreto de 13 de maio de 1993 alterou sua denominação para Centro de Instrução Almirante Alexandrino - (CIAA), atribuindo-se o nome Quartel de Marinheiros à Superintendência responsável pela formação dos reservistas navais, incluída no organograma do CIAA.
Subordinado à Diretoria de Ensino da Marinha, o CIAA é comandado por um Oficial-General, que é auxiliado por um Imediato e assessorado por um Conselho de Ensino, um Conselho Econômico e um Conselho Administrativo.
Hoje, o Centro de Instrução Almirante Alexandrino, cujo lema é "ENSINO, PROFISSIONALISMO E MODERNIZAÇÃO DA NOSSA MARINHA", é uma Organização que se dispõe a fazer o melhor, utilizando pessoal dedicado e empregando recursos modernos, a fim de atingir a sua meta dentro das diretrizes atribuídas pela Administração Naval, tornando-se assim o maior e mais diversificado Centro de Formação de Praças da Marinha do Brasil.
O CIAA tem o propósito de capacitar Praças dos diversos Corpos e Quadros para o exercício, na paz e na guerra, das funções previstas nas Organizações Militares da Marinha.
Para consecução do seu propósito, cabem ao CIAA as seguintes tarefas:
I - Ministrar Cursos de Formação para Praças da ativa e da reserva, que lhe forem determinados;
II - Ministrar Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento para Praças, que lhe forem determinados;
III - Ministrar Cursos Especiais, Expeditos e Extraordinários, que lhe forem determinados.
Descrição
Num escudo boleado, encimado pela coroa naval e envolto por elipse de cabo de ouro terminado em nó direito, em campo faixado ondado de prata e azul, de seis peças, fateixa de ouro, em pala, e remo e croque, ambos de ouro, passados em aspa; brocante sobre os mesmos, livro aberto de prata e encadernado de ouro, com a inscrição em letras de preto, à destra: TUDO PELA PÁTRIA e à sinistra: RUMO AO MAR; no chefe, pavilhão de Ministro da Marinha, na sua cor.
Explicação
A fateixa, o remo e o croque em campo faixado - ondado de azul e prata aludem ao mar e aos instrumentos usados pelos marinheiros nas fainas diárias. O livro aberto simboliza os preciosos ensinamentos ministrados pelo Centro de Instrução Almirante Alexandrino; no chefe, o pavilhão de Ministro da Marinha lembra a honrosa investidura que coroou a carreira do ilustre Almirante, e as inscrições no livro são os lemas criados pelo insigne Chefe Naval.
I
ALMIRANTE ALEXANDRINO
NOSSO CENTRO DE INSTRUÇÃO
GRANDE MARCO DO ENSINO
CONSAGRADA ORGANIZAÇÃO
VIVA O CIAA, TUDO PELA PÁTRIA
RUMO AO MAR
VIVA O CIAA, SEUS ALUNOS SEMPRE
VÃO TE AMAR
II
CADA ESCOLA É IMPORTANTE
EM FORMAR PROFISSIONAIS
PRONTOS PARA GUARNECEREM
OS MODERNOS MEIO NAVAIS
III
MARINHEIROS, MARINHEIRAS
CUMPRIDORES DO DEVER
CAMINHANDO LADO A LADO
PARA A PÁTRIA AMADA DEFENDER
IV
A MARINHA RECONHECE
TEU VALOR EM PREPARAR
BRAVOS HOMENS AGUERRIDOS
COM MISSÃO EM TERRA, MAR OU AR
Música e Letra: SO-FN-MU Moysés
PATRONO
Almirante
ALEXANDRINO FARIA DE ALENCAR
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Almirante
ALEXANDRINO FARIA DE ALENCAR
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Nascido no Rio Pardo, Rio Grande do Sul, em 12 de outubro de 1848, Alexandrino Faria de Alencar assentou praça de Aspirante a Guarda-Marinha em 28 de março de 1865. Logo encaminhou requerimento ao Imperador D. Pedro II solicitando ser empregado na Esquadra em operações na guerra contra o Paraguai. Porém, devido a sua pouca idade, foi reconduzido ao Rio de Janeiro para continuar os estudos. Em 1868, foi promovido a Guarda-Marinha. Serviu na Divisão Naval de Montevidéu, retornando à guerra. Durante a carreira, comandou navios como os Encouraçados “Riachuelo” e “Aquidabã”. Foi nomeado Chefe do Estado-Maior da Armada.
Mas foi no Ministério da Marinha, que o Almirante Alexandrino deixou sua marca. Na Secretaria de Estado e Negócios da Marinha, realizou várias obras ao longo de três administrações. Na 1ª administração, de 15 de novembro de 1906 até 15 de novembro de 1910, executou grande parte do Programa Naval de 1904, conhecido como Programa Alexandrino. Elaborou o plano de Reaparelhamento Naval, a reforma das repartições de Marinha e a Organização do Ministério. Criou o Almirantado. Melhorou o Ensino Profissional para Oficiais e Praças. Foi o grande Mentor da encomenda dos “Dreadgnouts” e do material naval. Projetou novos Diques e o novo Arsenal de Marinha na Ilha das Cobras. Foi responsável pela construção, manutenção e incorporação de novos navios a Esquadra; como os Cruzadores “São Paulo” e “Minas Gerais”; e os Contratorpedeiros “Rio Grande do Sul” e “Bahia”.Na 2ª administração, de 2 de agosto de 1913 até 15 de novembro de 1918; criou a Escola de Aviação Naval e a Escola de Guerra Naval. Adquiriu novas unidades de combate, e reformou a Escola de Grumetes.
Durante a 3ª e última administração, de 15 de novembro de 1922 até 17 de abril de 1926; reorganizou os quadros de pessoal, administração e Comando da Marinha. Criou novas Escolas de Aprendizes-Marinheiros e transferiu a Escola de Grumetes para Ilha das Enxadas. Mudou a Escola Naval para a Enseada Almirante Batista das Neves. Elaborou um novo curso de submarinos e aviação para praças e oficiais. Organizou a Reserva Naval, e incorporou à Armada os submersíveis F1, F2 e F5. Responsável pela criação do dia do Marinheiro, Almirante Alexandrino reorganizou todo o Poder Naval. Como último ato, encomendou o Submarino “Humaitá”,encerrando os 13 anos de sua administração como Ministro da Marinha.



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